SELEÇÃO VARZEANOVENSE CAMPEÃ DA COPA OURO 2006

terça-feira, 11 de maio de 2010

Zebra da Copa do Brasil, Atlético-GO comemora rápida ascensão

Campo de treino no CT do Atlético-GO
Instalações do CT do Dragão

Quarto no CT do Atlético-GO


Em 2008, nem o mais otimista dos torcedores do Atlético-GO poderia imaginar que em dois anos seu clube estaria na elite nacional. Muito menos que disputaria uma semifinal da Copa do Brasil. Afinal, a equipe ainda lutava na Série C e vinha de anos de turbulência e maus resultados. Em 2004, o Rubro-Negro disputava a frágil segunda divisão do Campeonato Goiano. Mas o inesperado aconteceu. Azarão, o time entra em campo nesta quarta, para enfrentar o Vitória, no Serra Dourada, com o sonho de ir ainda mais longe.

- O sonho é disputar o título. Quando começou a competição, tínhamos a esperança de ir o mais longe possível. Não é uma surpresa para nós esse resultado, porque sabemos o grupo que temos aqui. Nós confiamos neles – diz Adson Batista, diretor de futebol.

O longo tempo de entrosamento entre os jogadores é uma das armas da equipe. Muitos dos atuais titulares já vestiam a camisa do Dragão na campanha da Série C. Do elenco atual, dez jogadores estão há mais de dois anos no clube: Márcio, Gilson, Jairo, Chiquinho, Róbston, Pituca, Aneílson, Wesley, Juninho e Marcão. Mesmo tendo feito tantas campanhas vitoriosas, o clube conseguiu escapar do assédio dos gigantes do futebol nacional.

- Nós trabalhamos com contrato de longo prazo, com multas rescisórias pesadas. Esse é o nosso método. Não adianta eu vender um jogador por pouca coisa. Não vou ter como repor e acabo ficando com a equipe mais fraca. Quem quiser negociar com a gente, será bem recebido. Mas não aceitamos qualquer coisa. O Atlético-GO hoje já é uma vitrine – revela Adson.
s resultados recentes da equipe vieram acompanhados das melhorias na estrutura do clube. O centro de treinamento, embora simples, atende às necessidades básicas da equipe. É composto por três campos, quartos para duas pessoas, sala de fisioterapia e refeitório. No salão de jogos, apenas uma mesa de sinuca para distrair os atletas nas horas vagas. O local não tem a infraestrutura dos melhores centros de treinamento do país, como o do Atlético-PR, mas é superior ao de muitos clubes considerados gigantes do futebol nacional.

- Em 2005, terminamos a construção do prédio que abriga os atletas. Desde então, fomos melhorando aos poucos a estrutura, dentro das nossas possibilidades. O estádio Antônio Accioly estava desativado e parcialmente demolido em 2004. Conseguimos reconstruir e hoje ele tem capacidade para quatro mil pessoas. Com as estruturas móveis, cabem oito mil – afirma Junior Mortosa, supervisor de futebol do clube.

O ponto negativo do CT fica por conta da distância que ele impõe entre os profissionais e os jovens da base. Como o local não é grande, o clube alugou um outro lugar para os garotos.
As seguidas subidas de divisão, aliadas ao título estadual deste ano e à boa campanha na Copa do Brasil, geraram uma expectativa muito grande em relação ao que o clube poderá fazer no Brasileirão. Mas a diretoria rubro-negra quer frear o oba-oba.

- Não adianta ficar empolgado e começar a fazer discurso para se promover. Nossa meta agora é nos consolidarmos na elite. Precisamos ficar na Série A. Se a campanha começar a ser muito boa, poderemos sonhar com algo maior. Mas nosso pensamento é de trabalhar para ficar na primeira divisão – avisa Adson.

Nesta quarta-feira, o clube terá pela frente um exemplo a ser seguido. Depois de más campanhas, o Vitória chegou a disputar a Série C. Em 2006, o clube começou a escalada até chegar à primeira divisão em 2008. Desde então, a equipe baiana fez campanhas regulares na competição.

Outro a conseguir o feito de subir em dois anos da Série C para a A, o Ipatinga serve de alerta para o Atlético-GO. Na elite, o time mineiro fez péssima campanha e acabou rebaixado para a Segundona em 2008. No ano seguinte, brigou para não voltar para a Terceirona.
O sucesso do clube goiano nos últimos anos ainda não se refletiu no número de sócios. Sem um projeto para angariar novos associados, o time conta com apenas 600 adimplentes. Mas, segundo a diretoria rubro-negra, o mais importante agora é recuperar a autoestima da torcida.

- Durante esses anos de estiagem, perdemos muito espaço. Estamos tentando recuperá-lo agora – resume Adson.

A expectativa é que boa parte dessa torcida esteja no Serra Dourada, nesta quarta-feira, pelo primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil. O jogo começa às 21h50m (horário de Brasília).
Fonte:http://globoesporte.globo.com/

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